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Esses dias estava eu pensando e pensava algo como “sou uma garota normal: assisto a desenhos, filmes, vou a escola, protelo com minha lições e trabalhos, ajudo a ajeitar a casa, escuto rock, sonho muito”. Como estava errada, não sou nada normal e não digo pelas estatísticas, mas porque ninguém é normal todos temos coisas diferentes, podemos até fazer as coisas que a maioria faz e etc, mas isso não faz da gente pessoas normais. Eu sei que isso é só mais uma extensão daquela frase que a gente cansa de ouvir “normal é ser diferente e blábláblá”, só que é a mais pura verdade, afinal, quantas pessoas fazem aquelas coisas que todos dizem que é esquisito da sua parte fazê-lo? E aquilo que você não tem coragem de contar para ninguém que você faz apenas porque todos poderiam parar de falar com você porque não é uma coisa muito comum? Sem contar aquela banda nada a ver que você adora ouvir, mas que ninguém jamais ouviu falar. Eu mais que assumo que sou uma garota esquisita, mas isso pelo simples fato de que sou normal, ou seja, faço coisas incomuns e gosto e quero coisas diferentes. Também assumo que às vezes faço coisas pra pagar de diferente. É claro que não é pra chamar a atenção, mas apenas pra não ser comum, o que não faz sentido quando “o normal é ser diferente” e normal e comum são quase sinônimos. Mas sabe uma coisa que seria bem diferente e esquisita: se todos fossemos iguais, ninguém saberia reconhecer quem é quem , e logo não teríamos nada de especial pra mostrar pros outros de diferente, afinal faríamos tudo igual, não haveria novidades, gostaríamos das mesma coisa, e imagina então se essa mesma coisa fosse funk carioca! OMG! Será que seriamos robôs? Andróides? Máquinas? Cara, aqui estou eu viajando de novo...x.lv
Carol.Lea

E como vai ser daqui a alguns anos? Odeio quando me perguntam isso seja pra fazer com que eu me arrependa de algo, pra saber quais meus planos, pra me fazer sair das nuvens ou de qualquer outra maneira. Odeio primeiro porque: COMO É QUE VOU EU SABER O QUE VAI SER DAQUI A ALGUNS ANOS? SOU VIDENTE? MÃE DINÁ? A MULHER DO FUTURO? TENHO UMA MÁQUINA DO TEMPO DAÍ FUI E VOLTEI DE LÁ? Nenhuma dessas opções corresponde a minha realidade, logo, não posso responder a essa pergunta. Sei que as pessoas só perguntam mesmo para saber o que é que você QUER e não o que VAI acontecer mesmo, ou somente pra te fazer refletir. Por isso um outro motivo é porque prefiro deixar minhas idéias pro futuro sem que ninguém saiba, gosto de manter meus planos em segredo e apenas demonstrar que me importo com o presente, que só o agora vale, apenas para os íntimos merecedores digo tais idéias. Mas acho bem engraçado pessoas que crêem em leitura de cartas, mãos, ossinhos e etc. Com todo respeito é claro, afinal, conheço e gosto de muitas pessoas que são assim. Outra coisa hilária é pessoas que mal acordam e ao sair da padaria já vão direto a barraquinha de jornais compra o horóscopo. Assumo que sempre que leio a palavra horóscopo leio com muita curiosidade, mas é apenas porque acho muito engraçado saber se vou encontrar um gato ao sair de um lugar comum e ele vai mudar minha vida ou se desta vez vai ser aquela briga com aquela amizade falsa que já vem me preocupando há um bom tempo, e é claro que também pra ser lembrada de novo neste ano que tenho que tomar cuidado com os conflitos no trabalho porque estes estão interferindo na minha vida pessoal. Bem, horóscopos a parte, outro importante motivo para não aceitar a pergunta é: não creio que vá mesmo existir o “daqui a alguns anos”. O mundo está se indo por vários fatores: desde a poluição indestrutível que a cada dia destrói mais, até apenas pela matança entre nós e todos, seja nós nos “auto matando” internamente como nós matando os outros e vice e versa. Espero de verdade que o “daqui a alguns anos” chegue pra mim, amigos, família, Clara e todo o resto, só que já desacreditei da humanidade e de tudo isso. Não gosto de ficar pagando de “salvadora do mundo” porque nem sequer tenho o direito de fazê-lo, afinal, assumo que também ajudo a destruir e mesmo que evite, eu sou consumidora, carnívora, capitalista, viva, sonhadora, necessitada, e, com toda infelicidade do universo, humana. Mas esquecendo todas essas tristezas e tragicidades, sabe o que responderia exatamente agora se alguém me perguntasse “e como vai ser daqui a alguns anos?”? Diria: como VAI SER eu não sei, mas como eu QUERO é que seja exatamente como tem que ser.x.lv
Carol.Lea